O ex-senador Delcídio Amaral, cassado em 2016, receberá uma aposentadoria de R$ 11,5 mil a partir deste mês de julho, conforme autorizado em portaria publicada pelo Senado Federal na semana passada. O valor representa cerca de 35% do salário atual dos parlamentares da Casa, que é de R$ 33,7 mil.

Delcídio era filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT) e foi líder do governo no Senado durante o mandato da ex-presidente Dilma Rousseff, tendo perdido o mandato após acusações de que teria tentado obstruir investigações da Operação Lava Jato.

O ex-parlamentar negociou um acordo de delação com a Polícia Federal, onde acusou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de participar de um esquema para comprar o silêncio de Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras. Tanto Lula quanto Delcídio foram absolvidos no caso.

No ano de 2017, o Ministério Público Federal (MPF) pediu que o senador cassado perdesse todos os benefícios previstos no acordo de colaboração, sob a justificativa de que ele teria mentido no depoimento. Entretanto, o acordo de delação continua vigente.

Segundo informações divulgadas pelo jornal O Estado de S. Paulo, Delcídio é um dos 31 delatores “inadimplentes” com a Justiça, não tendo pago parte da multa estipulada no acordo de delação premiada. Ele deve R$ 85 mil referentes a uma parcela do total de R$ 1,5 milhão que concordou em pagar.

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