“Como é que se mora sem água? Água é vida!” A afirmação é de Valdinar Moura, agricultor familiar que mora em Oeiras a 227 km da capital Teresina, e teve a vida transformada pelo acesso a água. Através do uso de cisternas e outras tecnologias, o agricultor que antes sofria com a falta desse bem, hoje cuida tranquilamente da sua plantação e de seus animais, sem se preocupar com o período de estiagem. Esta é uma das histórias que fazem parte do documentário A Divina Água, que será lançado às 10 horas do sábado, 27 de junho, no Centro de Formação ECC, na Paróquia Sagrada Família, em Oeiras.
O vídeo tem como objetivo mostrar experiências de famílias de agricultores que passaram a viver com dignidade, qualidade e fartura através do acesso a água. Um dos exemplos é o de Luís Costa, cuja vida mudou quando um poço foi cavado na comunidade Boca da Vereda, com o apoio do Padre João de Deus, da Paróquia Sagrada Família de Oeiras.
“Antes de termos o poço a nossa trajetória era carregar água sobre as costas, como se diz. A gente tinha que trazer essa água para manutenção da casa, da família, numa distância de três quilômetros aproximadamente. Era um sufoco, era uma vida que a gente não vivia, a gente ia passando por ela”, afirma o agricultor.
Luís Costa e a esposa Graça Costa, viviam com mais seis filhos, entre eles Maria das Graças. A jovem é comunicadora social e através de seu trabalho divulga as experiências dos trabalhadores da região. Maria é formada pelo Projeto Jovens Radialistas do Semiárido, realizado pelo Instituto Comradio do Brasil, com apoio da Brücke Le Pont e patrocínio da Petrobras. Através do projeto, o Instituto Comradio juntamente com o Centro Educacional São Francisco de Assis-CEFAS realizaram a produção e a gravação do documentário.
O grande sonho de Padre João é ver as famílias da região livres e com a autoestima levantada, não precisando sair de sua terra em busca de trabalho. “A terra é tão sagrada quanto sagrado é o céu. Não é uma coisa isolada, não é algo que foi criado e deixado de lado e é para vivência não sobrevivência, mas para a vida digna da população”, enfatiza.
Redação
Emanuel Vital
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