O PSDB atravessa um momento delicado. De um lado, a divisão quanto a ser ou não ser governo. De outro, a dúvida sobre o próprio comando do partido, onde o senador Tasso Jereissati (CE) exerce uma presidência interina que perde força sob a sombra do titular: o senador Aécio Neves (MG), envolvido até a alma nas delações da JBS. Essa situação gera reações nos principais membros do PSDB, nada confortáveis com os dilemas que têm.
No Piauí, uma das principais lideranças tucana levanta a mão para pedir providências que levem à saída dessa encruzilhada. Trata-se do deputado estadual Luciano Nunes, que defende a realização de uma convenção extraordinária para escolha do substituto de Aécio Neves.
Para Luciano, Aécio deve deixar o comando do partido, dando lugar a um presidente efetivo. Longe da presidência, o senador mineiro ficará livre para cuidar da própria defesa. Até porque essa não é uma tarefa pequena: isso, por si só, é suficiente para tirar o foco das preocupações que norteiam o partido com vistas às eleições de 2018.
Um presidente efetivo poderia dedicar toda a atenção à definição das estratégias, bem como o encaminho das discussões mais importantes. Luciano diz que o senador Tasso Jereissati tem se mostrado sereno e firme, sem atropelar as divergências internas. Mas não pode ir mais além, já que a interinidade tira parte da força do trabalho que faz, especialmente quanto ao desenho dos passos futuros.
É nesse sentido que defende uma convenção extraordinária que escolha o substituto de Aécio no comando tucano. E logo.
Cidadeverde
Emanuel Vital
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