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Acusado de Chacina no Piauí é condenado a 122 anos de prisão

 

Após 12 horas de julgamento, às 20h30 desta terça-feira (26) foi condenado a 112 anos de prisão em regime fechado, Clewilson Vieira Matias, mais conhecido como ‘Chiê’. Ele é o autor de uma chacina ocorrida em 30 de outubro de 2014, tendo matado cinco pessoas, dentre essas sua própria esposa.  O crime ocorreu no povoado Palmeira de Cima, zona Rural de São Miguel do Tapuio, região Norte do Piauí.

O ‘Chiê’ é réu confesso do crime e foi preso cinco dias após a chacina num matagal, desde então aguarda seu julgamento que ocorreu nesta terça-feira no Fórum de São Miguel do Tapuio. Durante o júri popular foram ouvidas 18 testemunhas, além da defesa e acusação, bem como o próprio acusado, que falou por cerca de 40 minutos no julgamento presidido pelo juiz Leonardo Brasileiro.

Em sua defesa, Chiê pediu apenas perdão. “Sinto muito pelas famílias das vítimas, peço desculpas, peço perdão, eu sei que é difícil eles me perdoar, sei que é difícil para eles suportar, eu também fui vítima, eu perdi minha esposa, meus filhos, minha casa minha liberdade”, declarou.

Ao ler a sentença, o juiz Leonardo Trigueiro proferiu que o réu tem personalidade voltada para criminalidade, tendo agido no dia do ocorrido sem qualquer sensibilidade, com acentuada maldade, estando fortemente armado contra vítimas indefesas. A condenação de 122 anos é resultado da soma por cada homicídio praticado.

As vítimas e condenação:

Roberto Brito Bastos Crisóstimos (professor de informática) – condenado a 22 anos.

Cláudio Barros de Oliveira (comerciante/compadre do acusado) – condenado a 22 anos.

Juvêncio dos Reis da Silva (líder comunitário) – 24 anos

Sidney Tavares Silva (estudante e neto de Juvêncio) – condenado a 22 anos

Maria Moreira do Nascimento (esposa do acusado) – 22 anos.

O Ministério Público, que é responsável pela acusação, foi representado pelo promotor Ricardo Trigueiro. Já a defesa do acusado foi realizada pelo defensor público Afonso Lima da Cruz Júnior. A defesa do réu usou como estratégia a desqualificação do atestado de sanidade mental do acusado, alegando que o acusado sofreu transtorno psicótico devido ao uso de medicamentos, drogas e bebidas alcóolicas, tentando fazer com que o júri popular decidisse pela internação do réu.

Após a condenação, CHiê foi levado novamente para penitenciária. 

 

SãoMiguelAgora

Emanuel Vital

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