Receber notificações
  Facebook
  RSS
  Whatsapp

Após suspeita de fraude, MP proíbe atuação de empresa que faria concurso público em Oeiras

A operação foi deflagrada nesta quinta-feira (7)

 A operação foi deflagrada nesta quinta-feira (7)

O promotor Túlio Mendes, do município de Cocal, não descarta a possibilidade de fraude em outros concursos realizados pelas empresas do Instituto Machado de Assis e Crescer. Nesta quinta-feira (07), a Delegacia de Combate à Corrupção (Deccor) deflagrou a Operação Dom Casmurro para cumprir 12 mandados de busca e apreensão contra as duas empresas suspeitas de fraudes em licitação para concurso público.

A empresa CRESCER é a responsavel pela organização do Concurso público da Prefeitura Municipal de Oeiras previsto para acontecer em 15 de dezembro.

No Piauí, as duas empresas realizaram concursos nas cidades de Joaquim Pires, Altos, Campo Maior , Cocal e Luis Correia. Cidades do Maranhão e do Pará também tiveram certames promovidos pelas as organizadoras.

Em Cocal o concurso deveria ter acontecido neste ano, mas foi cancelado  após o Ministerio Publico e a Polícia Civil detectarem indicios de fraudes nas licitações de contratação das  empresas. Na cidade o concurso tinha mais de 100 vagas, dentre elas para os cargo de procurador.

"Temos indícios fortíssimos de que as empresas ganharam as licitações por meio de fraudes.  Agora vamos formar uma convicção sobre o porquê destas empresas atuarem assim, qual era a finalidade", disse o promotor.

O delegado Ferdinando Martins, da Delegacia de Combate à Corrupção, conta que as empresas" simulavam disputas " em editais onde só elas poderiam vencer licitações. 

"O desenho desses editais eram presentes em vários concursos. Vamos analisar os materiais apreendidos na operação e pedimos que qualquer candidato que fez concurso nessas empresas e tenham se sentido lesados podem entrar em contato com a Polícia Civil  através do número 86 99426-5721 ", informa o delegado Ferdinando.

O delegado Geral da Polícia Civil, Luccy Keiko, adianta que esta é a primeira fase da operação, que deve ter novos desdobramentos. Conforme os materiais apreendidos sejam analisados, concursos em outos municípios podem ser cancelados, caso a fraude nas licitações sejam comprovadas.

“Havia cláusulas (nos contratos) que sempre beneficiavam essas empresas. Cláusulas que só essas empresas atenderiam. Vamos saber quais concursos realizados recentemente e ver quais deles tiveram fraude”, assegurou Keiko.

A coordenadora do Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público, promotora Débora Geane, destaca a importância da operação. 

"Quero destacar a importância dessa parceria do Gaeco com a Polícia. Essa fraude escancarou uma injustiça que vem acontecendo nos municípios e é exatamente relevante porque tem um forte impacto social", analisou.

A operação cumpriu 12 mandados de busca e apreensão em dez endereços de pessoas ligadas às empresas.


*Com informações do cidade verde 

Emanuel Vital

Mais de Oeiras