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Escritor faz crítica à subutilização do 'Novo Mercado' e abandono do 'Mercado Velho' em Oeiras

Foto: montagem folhadeoeiras

 Foto: montagem folhadeoeiras

FEIRA DE OEIRAS: NEM O MEL NEM A CABAÇA

*Por; Rogério Newton

Os boxes vazios, as portas cerradas dos pequenos comércios, a escassez de produtos e de pessoas são os sintomas principais, dentre outros, de que o Mercado Municipal de Oeiras é uma obra que não deu certo. É uma visão nada estimulante: os corredores desertos, os pequenos comerciantes desalentados e tristes com o fraco movimento. É o único mercado do mundo onde não há povo.

O equívoco que foi a construção do Mercado começa por sua localização. Além de abranger área na margem direita do Riacho Mocha – portanto, que reclama conservação e uso ambiental adequado -, o novo Mercado está situado em local não estratégico em relação ao comércio de Oeiras, há séculos estabelecido principalmente na chamada “Rua da Feira” e proximidades, onde ainda hoje está de pé o antigo Mercado Público, fechado para reforma e adaptação, para se tornar Centro de Artesanato ou coisa que o valha.

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Até agora, o novo Mercado Municipal de Oeiras serviu apenas para alimentar a vaidade de dois ou três políticos, que se empavonam sem motivo. As pessoas que precisam de produtos típicos de feira não se sentem estimuladas a se dirigirem ao Mercado. Preferem se socorrer dos mercadinhos situados no contexto da Rua da Feira, nos bairros ou em outros comércios da cidade.

Soube, por fonte não oficial, mas bastante informada, que a verba destinada à restauração e adaptação do antigo Mercado Público foi devolvida para a União Federal porque não utilizada, em decorrência do jogo político-partidário local. Se a devolução da verba é mesmo verídica – como parece ser – é um fato lamentável, além de grave. Quem perde com isso? A coletividade, claro!

Seja como for, o certo é que o Mercado Municipal de Oeiras é um fiasco. Como não bastasse, a cidade ficou sem sua feira, que não existe mais, nem no mercado antigo nem no novo. Como diz o ditado popular: “nem o mel, nem a cabaça”.

 

*Rogério Newton é escritor

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